sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A Minha Máquina Você!

A Minha Máquina Você! Você vem toda de branco, pordentro e por fora, por fora e por dentro, vem despenjando jarros de água limpida, com um leve perfume de sabão, misturado ao almevejante e amaciante, e num simples clic, move-se lentamente da direita para a esquerda e da esquerda para a direita e assim permanece por curtos minutos, sua água limpida me parece agora turva, e derrepente tu para, fica como de molho, quieta por longo dez minutos. E como num susto começa a se movimentar novamente da direita para esquerda e da esquerda para a direita, e como se encantada estivesse novamente para sem aviso, e novamente aquieta-se e de molho fica. E sem nenhum aviso começa a deitar fora à água turva, fazendo um tremendo barulho, esvazia-se, começa a girar lentamente e vai aumentando sua rotação como se musica ouvisse, mas quem faz a musica és tu o minha menina de branco, derrepente acalma-se novamente como num passe de mágica. E nessa mágica novamente jatos de água em Você parecem entrar sem avisar, fazendo um barulho de cachoeira a encantar. E silenciosa tornar-se a ficar, com sua água calma e limpida a me inspirar. Olho Você com carinho, com gratidão, com agradecimento como se por mim trabalhasse para agradar. No silêncio te escuto, no olhar te vejo bela e branca. E nesse silêncio escuto um clic e a musica começa a tocar, não sei se é valsa, bolero ou rock, mas o som é ron ron ron um rock rock me parece e Você volta a se agitar. E não mais que derrepente silencia por segundos e me parece agora água fora a jogar, como se água suja fosse a se livrar. Novamente o silêncio volta a reinar. E nesse reino de silêncio e segundos que me parecem uma eternidade, vem Você sorrateiramente a se agitar. Novamente o barulho, o som da cachoeira em Você me parece estar. E Você se enche de novo e começa a chacoalhar, mexendo para cá e para lá, parece que desta vez não vai parar. Não mais que derrepente Você me surprende e começa a cantar, o canto que bota pra fora tem uma velocidade que não consigo acompanhar. Tentp parar-te, impossível, minhas mãos por mais fortes que sejam não conseguem te segurar e tu continua a girar, e a água para fora jorrar. E aí tu para se avisar, me assusta seus movimentos sempre repetitivos, mas sempre a me encantar. Te olho, te vejo, te toco, mas não consigo te fazer parar, pois parada tu fica por segundos e já começa a se movimentar. Parece-me água novamente em ti entrar, brava pareces ficar e água começas a jorrar, olho pra ti, tento te escutar e te entender, mas só escuto novamente o teu ronar, ron ron ron ou será rock rock rock sem parar. E tomo um susto ao perceber tu parar e novamente me surpreendes a girar devagar e espantosamente num segundo nervosa ficas e como numa velocidade incrivel a girar e parece que nunca mais vais parar. Tu me assusta, não te entendo, mas te vejo minha menina de branco de fora para dentro, de dentro para fora a trabalhar. Aí eu ouço um grito, me parece um freio, um pneu de carro a estancar e percebo que nesse gesto, nesse grito me avisas estou a parar, quero descansar. Mas enfim e no fim desse seu movimento percebo que só queres a mim entrgar. Entregar, limpa e seca, minha roupa entregar. Obrigado minha menina de branco de fora para dentro, de dentro para fora, menina que alveja e perfuma minha roupa, que a mim é que tu quer amaciar, acariciar. Brigadu minha menina amada chamada: Máquina de Lavar! Prof.º Wagner Jardim 03:44 do dia 08/01/2011