quinta-feira, 23 de abril de 2009

A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO POR WAGNER JARDIM EDUCADOR E ESCRITOR

INSERINDO A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO

Existem muitas formas de conceber e trabalhar com a matemática na Educação.
A matemática está presente na arte, na música, em histórias, na forma como organizo o meu pensamento, nas brincadeiras e jogos infantis. Uma criança aprende muito de matemática, sem que o adulto precise ensiná-la.

Descobrem coisas iguais e Diferentes, organizam, classificam e criam conjuntos, estabelecem relações, observam os tamanhos das coisas, brincam com as formas, ocupam um espaço e assim, vivem e descobrem a matemática.
Contudo, é importante pensarmos que tipo de materiais podemos disponibilizar para as crianças a fim de possibilitar-lhes tais descobertas.

Existem no mercado diversos materiais que podem ser utilizados pelos professores para enriquecer o contato com o universo matemático.
São músicas, livros de histórias infantis, encartes de revistas, brinquedos e jogos pedagógicos, que podem ser facilmente encontrados e que permitem à criança o contato com os números, com as formas, com as quantidades, seqüências, etc.
Além desse material, é possível que o professor crie seu próprio material de trabalho, confeccionando quebra-cabeças, seqüências lógicas, desenvolvendo atividades com ritmo, oferecendo palitos e outros materiais, propondo jogos e brincadeiras e possibilitando a criação das crianças.

Quanto ao trabalho com os números, é importante compreendermos que estes são símbolos que representam graficamente uma quantidade de coisas que poderiam ser representadas de outra forma.
Assim, antes de descobrir os números, é importante ajudarmos as crianças: dizer quantos têm e mostrar nos dedinhos e brincar com tudo isso.

O importante é que o professor perceba que pode trabalhar a matemática na Educação sem se preocupar tanto com a representação dos números ou com o registro no papel, pode colocar em contato com a matemática crianças de todas as idades, desde bebês. Podemos pensar a matemática a partir de uma proposta não-escolarizante, que permita à criança criar, explorar e inventar seu próprio modo de expressão e de relação com o mundo.
Tudo o que temos que fazer é criar condições para que a matemática seja descoberta, oferecer estímulo e estar atentos às descobertas das crianças.

CONTATO PARA PALESTRAS: e-mail: souzajardim@hotmail.com
fone: (11) 7377-5012

ATIVIDADES COM BLOCOS MÁGICOS PELO EDUCADOR WAGNER JARDIM

ATIVIDADES COM BLOCOS LÓGICOS



Nas classes de educação infantil, essas pequenas peças geométricas, criadas na década de 50 pelo matemático húngaro Zoltan Paul Dienes, são bastante eficientes para que seus alunos exercitem a lógica e evoluam no raciocínio abstrato. Em pequenas doses, com brincadeiras e atividades dirigidas, você pode tirar todo o proveito didático que o material oferece. Com os blocos lógicos é possível, por exemplo, ensinar operações básicas para a aprendizagem da Matemática, como a classificação e a correspondência. Essa ajuda certamente vai facilitar a vida de seus alunos nos futuros encontros com números, operações, equações e outros conceitos da disciplina.

LIVRE CRIAÇÃO

O primeiro passo é promover o reconhecimento do material. Com cartolina ou outro material semelhante, prepare pranchas com desenhos feitos nas formas dos blocos lógicos ¬ uma casinha formada de um retângulo e um triângulo, por exemplo. Em seguida, os alunos reproduzem a figura utilizando as peças. Para isso, vão observar e comparar as cores, os tamanhos e as formas que se encaixam. O trabalho em grupo enriquece a atividade, pois as crianças certamente vão discordar entre si. O diálogo contribuirá para o conhecimento físico de cada bloco. Depois de completar alguns desenhos, os próprios alunos criam novas figuras.

Trenzinho feito com círculos, quadrados e retângulos: formas livres no primeiro contato das crianças com as peças dos blocos lógicos

A HISTÓRIA DO PIRATA

Agora, conte a seguinte história: "Era uma vez um pirata que adorava tesouros. Havia no porão de seu navio um baú carregado de pedras preciosas. Nesse porão, ninguém entrava. Somente o pirata tinha a chave. Mas sua felicidade durou pouco. Numa das viagens, uma tempestade virou seu barco e obrigou todos os marinheiros a se refugiarem numa ilha. Furioso, o pirata ordenou que eles voltassem a nado para resgatar o tesouro. Mas, quando retornaram, os marujos disseram que o baú havia sumido. 'Um de vocês pegou', esbravejou o pirata desconfiado." Nesse ponto, começa o jogo com as crianças. Peça que cada uma escolha um bloco lógico. Ao observar as peças sorteadas, escolha uma delas sem comunicar às crianças qual é. Ela será a chave para descobrir o "marujo" que está com o tesouro. Apresente então um quadro com três colunas (veja abaixo). Supondo que a peça escolhida seja um triângulo pequeno, azul e grosso, você diz: "Quem pegou o tesouro tem a peça azul". Pedindo a ajuda das crianças, preencha os atributos no quadro. Em seguida, dê outra dica: "Quem pegou o tesouro tem a forma triangular". Siga até chegar ao marinheiro que esconde o tesouro. A atividade estimula mais que a comparação visual. Também exercita a comparação entre o atributo, agora imaginado pela criança, e a peça que a criança tem na mão. A negação (segunda coluna do quadro) leva à classificação e ajuda a compreender, por exemplo, que um número pertence a um e não a outro conjunto numérico.

QUAL É A PEÇA?

Para descobrir, as crianças entram numa competição. Você deve dividir a turma em grupos e distribuir um conjunto de atributos para cada um contendo as características de uma peça (por exemplo: amarelo, triângulo, grande e fino). Em seguida, o grupo tem que selecionar a peça correspondente e apresentá-la às outras equipes. A competição pode girar em torno de qual grupo encontra a peça correta em menos tempo ou de qual grupo encontra mais peças corretas. À medida que acertam, recebem uma pontuação. Outra opção é cada equipe desafiar os outros grupos da classe distribuindo eles mesmos os atributos. Nesse jogo, as propriedades dos blocos são apresentadas de forma separada. O raciocínio lógico estará voltado para a composição e a decomposição das características de cada peça. Antes de escolher a peça correta, a criança terá de imaginá-la com todas as suas características. Esse é o mesmo processo pelo qual as crianças passarão quando estiverem formando o conceito de número. Conforme evoluírem, saberão que o número 4, por exemplo, é par, maior que 3 e menor que 5, sem precisar usar materiais concretos para isso. Nessa fase, entendem também que é importante saber os nomes corretos de cada característica. Não pode haver dúvida entre o que é amarelo e o que é vermelho, por exemplo. Mais adiante, também não poderão vacilar entre o que seja um quadrado e um pentágono, um número inteiro e um fracionário.

O JOGO DAS DIFERENÇAS

Nesta atividade, as crianças trabalham sobre um quadro contendo três peças. O desafio consiste em escolher a quarta peça observando que, entre ela e sua vizinha, deverá haver o mesmo número de diferenças existente entre as outras duas peças do quadro. As peças devem ser colocadas pelo professor de forma que, em primeiro lugar, haja apenas uma diferença. Depois duas três e, por fim, quatro diferenças entre as peças. A intenção é que as crianças façam comparações cada vez mais simultâneas quando estiverem pensando na peça que se encaixe em todas as condições. Esse raciocínio lhes será útil em várias situações do cotidiano, como dirigir um carro ou operar um computador, bem como em temas futuros da Matemática. Afinal, quase sempre há mais de uma resolução para um problema ou um sistema de equações. A criança terá que ponderá-las para chegar à forma mais conveniente.

SIGA OS COMANDOS

As crianças vão transformar uma peça em outra seguindo uma seqüência de comandos estabelecida pelo professor. Esses comandos são indicados numa linha por setas combinadas com atributos. No exemplo da foto, vemos uma seqüência iniciada com os atributos círculo, azul e grosso. As crianças então escolhem a peça correspondente. O comando seguinte é mudar para a cor vermelha. As crianças selecionam um círculo grosso e vermelho. Em seguida, devem mudar para a espessura fina. Então, um círculo vermelho e fino é selecionado. Assim por diante, o professor pode continuar acrescentando comandos ou pode apresentar uma seqüência pronta. Depois é feito o processo inverso. As crianças são então apresentadas a uma nova seqüência de comandos, já com a última peça. Elas deverão reverter os comandos para chegar à peça de partida. A atividade é essencial para o entendimento das operações aritméticas, principalmente a soma como inverso da subtração e a multiplicação como inverso da divisão. E também contribui, no futuro, para que as crianças resolvam problemas e entendam demonstrações, atividades que exigem uma forma de raciocínio em etapas seqüenciais.

CONTATO: FONE (11) 7377-5012
E-MAIL: souzajardim@hotmail.com

JOGUINHO DE LEITURA UMA ATIVIDADE PRAZEROSA PELO ESCRITOR WAGNER JARDIM

JOGUINHOS PARA LEITURA

Leitura na caixinha de fósforo...



É uma atividade muito prazerosa e as crianças adoram!!!
A criança lê a palavra que está fora da caixinha e depois confere abrindo-a.
Façam também...

Correio de Palavras

Este é outro jogo que aplico em sala e que as crianças AMAM!!!
Como funciona???
Coleção de envelopes iguais com uma palavra escrita, por fora, e uma coleção de gravuras correspondentes. A brincadeira de envelopar as gravuras de acordo de acordo com o que está escrito por fora pode ser feita por duas ou mais crianças, sentadas à volta de uma mesa. Ganha a que conseguir envelopar um número maior de envelopes. Pode haver palavras repetidas. A verificação, ao final por consulta ao vocabulário de apoio, deve ser estimulada pelo alfabetizador.
Modelo:
Façam vocês também! Tenho certeza de que deixará a aula muito mais prazerosa!!!

Encaixe de Palavras

Aqui está outra atividade da Alfabetização Natural que as crianças AMAM!!!
É um jogo confeccionado em sala com os alunos. São construídas coleções de conjuntos de cartões, que se casem, dois a dois, formando pares, nome escrito e ilustração, separados todos por um recorte específico, que deverá ser igual em todos os pares. No verso da parte desenhada deverá estar escrito, em letra do tamanho menor, o nome da figura para que o aluno recorra a leitura comparativa deste, como apoio para poder acertar o jogo. Com isto, desenvolve-se no aluno o hábito de consulta e verificação, bem como a autonomia e a auto-estima. Pode - se fazer também com a foto de cada aluno para se trabalhar os nomes de cada um! É um jogo muito divertido e as crianças adoram! Pode-se também, depois de finalizada a atividade, trabalhar a escrita das palavras e cada grupo fazem a leitura das mesmas para a turma!
Apresento aqui alguns modelos de palavras que uso na minha sala de aula:
!!!
Agora, é só confeccionar e aplicar em sala! Tenho certeza de que, assim como eu, vocês poderão ampliar a leitura em suas turmas

Preguicinha Oral

Uma das atividades que mais gosto na Alfabetização Natural é a Preguicinha.
O seu processo é a leitura lenta, enunciando-se o som de cada letra à medida que vai sendo descoberto, procurando-se emendar cada som emitido ao seguinte, como na palavra original. Não deixando que fiquem isolados. Após o término, releitura em velocidade normal.
O objetivo dessa atividade e fazer o aluno compreender o processo analítico que está realizando. A preguicinha é uma análise estrutural. O todo significado da palavra permanece inteiro, não é destruído, seu significado não é despedaçado em partes menores, sem conteúdo ideativo. O aluno aprende a descobrir o valor sonoro de cada letra ou conjunto de letras, dentro do todo audiovisual da palavra inteira, sem isolá-las. Isto é a Preguicinha!
Esta é uma atividade que faço diariamente, fora da sala de aula. Algumas vezes em grupo e outras de forma individual, sempre que vamos iniciar o estudo de uma letra ou em qualquer outra atividade que desperte a curiosidade de cada aluno a descobrir novas palavras e ampliar o seu vocabulário.
As crianças ADORAM!!!
Disponibilizo aqui algumas das inúmeras palavras que temos na sala de aula para realizar a atividade. Como mencionei acima, ela pode ser realizada com a turma toda, individualmente ou em grupos, como um jogo entre os alunos.

Os cartões são feitos de cartolina. O envelope de papel colorset. O envelope não possui segredo! É só cortar o papel, dobrá-lo e colá-lo. Não se esquecer de deixar as duas laterais abertas para se puxar a palavra e guardá-la depois!

Apresento aqui a Preguicinha passo a passo:



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NOVE MANEIRAS DE AJUDAR A CRIANÇA A LER PELO PALESTRANTE WAGNER JARDIM

As Nove Pequenas Coisas que os Pais, Avós, Professores, podem fazer para auxiliar as Crianças a aprenderem e a criar o gosto pela leitura.

1. Leia em Voz Alta, para seu filho diariamente. Do nascimento até os seis meses, ele provavelmente não vai entender nada do que você está lendo, mas tudo bem assim mesmo.
A idéia é que ele fique familiarizado com o som de sua voz e se acostume a ver e a tocar em Livros.

2. Para começar, use Livros Ilustrados sem textos ou com bem poucas palavras. Aponte para as cores e figuras e diga seus nomes. Livros simples podem ensinar a criança coisas que mais tarde vão ajudá-la a aprender a ler.
Por exemplo, ela aprenderá sobre a estrutura da linguagem - que existem espaços entre as palavras e que a escrita vai da esquerda para a direita.

3. Conte Histórias. Encoraje sua criança a fazer perguntas e a falar sobre a história que acabou de ouvir. Pergunte-lhe se pode adivinhar o que vai acontecer em seguida conforme for contando a história, com os personagens ou coisas da trama. Aponte para as coisas no livro que ela possa associar com o seu dia a dia.

4. Procure por Programas de Leitura. Se você não for um bom leitor, programas voluntários ou governamentais, na sua comunidade ou cidade, voltados para o desenvolvimento da leitura, lhe darão a oportunidade de melhorar sua própria leitura ou então ler para seu filho. Amigos e parentes podem também ler para seu filho, e também pessoas voluntárias que na maioria dos centros comunitários ou outras instituições estão disponíveis e gostam de fazer isso.

5. Compre um Dicionário Infantil. Procure por um que tenha figuras ao lado das palavras. Então comece a desenvolver o hábito de brincando com a criança, provocá-la dizendo frases tais como: "Vamos descobrir o que isto significa?"

6. Faça com que Materiais de Escrever, tais como lápis, giz de cera, lápis coloridos, canetas, etc., estejam sempre disponíveis e a vista de todos.

7. Procure assistir programas Educativos na TV e Vídeo. Programas infantis onde a criança possa se divertir, aprender o alfabeto e os sons de cada letra.

8. Visite com freqüência uma Biblioteca. Comece fazendo visitas semanais à biblioteca ou livraria quando seu filho for ainda muito pequeno. Se possível cuide para que ele tenha seu próprio cartão de acesso e empréstimo de livros da biblioteca. Muitas bibliotecas permitem que crianças tenham seus próprios cartões personalizados com seu nome impresso, caso ela queira, exigindo apenas que um adulto seja o responsável e assine por ela.

9. Leia você mesmo. O que você faz serve de exemplo para o seu filho.

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HÁBITO DE LEITURA PELO PROFESSOR WAGNER JARDIM



O HABITO DE LEITURA.

Com hábitos simples que podem ser aplicados desde cedo em casa ou na escola, você pode resolver um dos maiores problemas entre os jovens: O Hábito da Leitura.

Nós temos o péssimo hábito de imaginar que apenas com o uso de técnicas complexas, realizadas por Pedagogos altamente qualificados ou outros especialistas, teremos resultados práticos na educação juvenil.
Veja como isso é falso, e como nossa preguiça tem um significado importante na formação dos nossos filhos.


A coisa mais simples e também a mais importante que os adultos podem fazer para ajudar as crianças na fase da Pré ou Alfabetização, a criarem o hábito de buscarem o conhecimento do qual elas irão precisar, para serem bem sucedidas na vida pessoal e profissional, é simplesmente ler alto para elas, começando com isto desde cedo.
A habilidade para ler e entender o que está escrito capacita as crianças a serem auto-suficientes, a serem melhores estudantes, mais confiantes, levando-as desse modo às melhores oportunidades na vida profissional e a uma vida mais divertida, tranqüila e agradável.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

COMO MOTIVAR SEUS ALUNOS A PRODUZIR TEXTO PROFESSOR E EDUCADOR, PALESTRANTE WAGNER JARDIM

COMO MOTIVAR SEU ALUNO A PRODUZIR TEXTOS:

☺ Relatos do dia-a-dia;
☺ Notícias da comunidade;
☺ Notícias de jornais e revistas;
☺ Acontecimentos importantes;
☺ Gravuras;
☺ Textos principiados;
☺ Textos em rodinhas;
☺ Textos coletivos;
☺ Textos em dupla;
☺ Livros lidos;
☺ Revistas em quadrinhos;
☺ Debates;
☺ Cartas, bilhetes, avisos;
☺ Relatórios;
☺ Músicas;
☺ Poesias;
☺ Trabalho com sucatas, desenhos, pinturas, origamis, maquetes

terça-feira, 7 de abril de 2009

OS SÍMBOLOS QUE PODEMOS USAR PARA ENSINAR POR WAGNER JARDIM - EDUCADOR - PALESTRANTE E ESCRITOR

Os Símbolos do Natal

O homem não vive sem sinais e símbolos. Seu pensar, seu conhecer, seu expressar o real e o espiritual é realizado através de símbolos. Ele transforma tudo em símbolos para ser entendido pelos outros. Assim a língua falada e escrita e as artes nas suas diversas expressões (pintura, escultura, música, dança...) são os símbolos mais comuns. O homem se expressa simbolicamente também através da fé e da cultura, e o natal é uma expressão de fé e de cultura. Conheça melhor a grandeza dos significados dos símbolos do Natal:

Pinheiro

É a única árvore que não perde suas folhas durante o ano todo. Permanece sempre viva e verde. Foi usado pela primeira vez pela rainha da Inglaterra Elizabete e por ocasião do dia 25 de Dezembro, quando oferecia uma grande festa e recebia muitos presentes. Não podendo recebê-los todos pessoalmente pediu que fossem depositados em baixo de uma árvore no jardim. Origina-se daí, igualmente, o costume depositar os presentes em baixo da árvore. Árvore verde também trás a esperança, a alegria e a vida nova. O verde constante do pinheiro, a vida permanente e plena que Jesus Cristo aparece.

Bolas Coloridas

Bolas que enfeitam a árvore.
Simbolizam os frutos da "árvore vida", ou seja, Jesus Cristo.

O Presépio

Um dos símbolos mais comuns no Natal dos países católicos é a reprodução do cenário onde Jesus Cristo nasceu: uma manjedoura, animais, pastores, os três reis magos, Maria, José e o Menino Jesus. O costume de montar presépios surgiu com São Francisco de Assis, que pediu a um homem chamado Giovanni Villita que criasse o primeiro presépio para visualizar, sensibilizar, facilitar a meditação da mensagem evangélica, do conteúdo, do mistério de Jesus Cristo que nasce na pobreza, na simplicidade. São Francisco, então, celebrou uma missa em frente deste presépio, inspirando devoção a todos que o assistiam.


Papai Noel

Ele foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de Myra, Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo. Nos Estados Unidos, a tradição do velhinho de barba comprida e roupas vermelhas que anda num trenó puxado por renas ganhou força. A figura do Papai Noel que conhecemos hoje foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1881.

O Cartão de Natal

A prática de enviar cartões de Natal surgiu na Inglaterra no ano de 1843. Em 1849 os primeiros cartões populares de Natal começaram a ser vendidos por um artista inglês chamado William Egly.
Independentemente da sofisticação, beleza e simplicidade, os cartões são símbolos do inter-relacionamento do homem. O ser humano é comunicação, é relacionamento. A dimensão dialogal, de comunhão, de empatia vem expresso pela palavra escrita. Ao falarmos em palavra, nos vem à mente o prólogo do evangelho de São João: Cristo é o Verbo, a Palavra criadora, unificadora e salvadora de Deus (Jo 1,1-5).

Os Presentes

Existem muitas origens para este símbolo. Uma delas conta que São Nicolau, um anônimo benfeitor, presenteava as pessoas no período natalino. Outra tradição mais antiga lembra os três reis magos que presentearam Jesus. O dia e o motivo de dar e receber presentes varia de país para país. A origem dos presentes por ocasião do final do ano tem origem pagã e que a tradição cristã foi aos poucos assimilando. Os romanos, há mais de 1500 anos, tinham o costume de enviar presentes aos amigos no início do ano novo. Tal hábito coincidia aos festejos ao deus Janus (um deus bifronte, que olhava para o ano que terminava e para o que começava) e, talvez as origens do nosso réveillon e outras comemorações de fim de ano. Esta festa complementava a festa do sol (25 de dezembro). Com o crescimento do cristianismo essas festas foram ganhando sentido cristão: Cristo é o Sol que ilumina o caminho dos homens; Ele é o Senhor da História; é o grande presente de Deus à humanidade.Dar presente é uma maneira muito palpável de demonstrar a solidariedade e bondade humana em dar sem interesse de receber. É vivenciar de maneira simples e ínfima a imensa e infinita bondade de Deus.

Canções de Natal

A Igreja católica sempre deu muita importância para o valor da música. As primeiras canções natalinas datam do século IV e são cantadas até hoje na véspera de Natal.

A Comida

O Natal significa comida na maior parte do mundo cristão. O simbolismo que o alimento tem na mesa no dia de Natal vem das sociedades antigas que passavam muita fome e encontravam em algum tipo de carne - o mais importante prato - uma forma de referenciar à Deus e à Jesus. Geralmente era servido porco, ganso - mais tarde substituído por peru, e peixe. Uma série de bolos e massas são preparados somente para o Natal e são conhecidos por todo mundo.

A Estrela

A estrela na sociedade humana esteve sempre ligada como "bússolas naturais" das pessoas. Hoje os aparelhos de navegação evoluíram de tal forma que as estrelas se tornaram apenas ornamentos no céu, objeto de estudo. Contudo durante milhares de anos eram elas as responsáveis em guiar os navegadores pelos mares e os viajantes pelos desertos. Eram elas que indicavam a direção, o sentido, o porto seguro. A estrela guiou os três reis magros Baltazar, Gaspar, Melchior - desde o oriente até local onde nasceu Jesus para que pudessem presenteá-lo com ouro, incenso e mirra, é lembrada hoje pelo enfeite que é colocado no topo da árvore de Natal. E Jesus Cristo é a Estrela Guia da humanidade. Ele é o caminho, o Sentido, a Verdade e a Vida.

Os Magos

"Eis que uns magos chegaram do Oriente a Jerusalém perguntando: 'onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer?... viemos adorá-lo, '... Eis que a estrela que tinham visto no Oriente, ia-lhes à frente até parar sobre o lugar onde estava o menino... e o adoraram. Abriram seus cofres e lhe ofereceram ouro, incenso e mirra” (Mt 2,1-12). Não eram reis e sim sábios, estudiosos, mas o que isto importa? A mensagem é mais forte que esse detalhe. Esta narração tão plástica e viva, enriquecida posteriormente com aspectos lendários, como o nome dos três (Melchior, Gaspar e Baltazar), traz duas grandes mensagens teológicas: - Cristo não veio apenas para os Judeus, mas para redimir toda a humanidade, Ele é o pólo para o qual convergem todas as raças. - A segunda grande mensagem está relacionada aos presentes oferecidos pelos magos: ouro, incenso e mirra. O evangelista Mateus expressa por esses símbolos a fé vivenciada pelos primeiros cristãos: Cristo é Rei dos Reis (daí o ouro), é filho Deus (o incenso) encarnado (a mirra).

A Vela

Por milhares de anos, até a descoberta da energia elétrica há 100 anos, a vela, a lamparina ou lampião a óleo, as tochas foram as fontes de luz nas trevas noturnas. A minúscula chama afugentava as trevas, a escuridão dando segurança e calor. Por isso na antigüidade alguns povos chegaram a cultuar o fogo como divindade. Jesus Cristo é a luz que ilumina nosso caminho: "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8,12). E "vós sois a luz do mundo... não se acende uma candeia para se pôr debaixo de uma vasilha, mas num candelabro para que ilumine todos os da casa. É assim que deve brilha vossa luz"

VOCABULÁRIO DE APOIO - PELO PROFESSOR WAGNER JARDIM, PALESTRANTE E ESCRITOR

VOCABULÁRIO DE APOIO

O Vocabulário de Apoio consiste no lançamento de palavras que serão estudadas gradativamente. Ele é escolhido pelo aluno, nada mais natural do que começar pela pergunta: que palavrinhas vocês gostariam de conhecer?
Uma palavra será estudada de cada vez, portanto, muitas vezes, é aconselhável escrever em folha todas as palavras sugeridas.
O alfabetizador deve condicionar o lançamento de uma palavrinha nova à comprovação de que conseguem ler frases formadas com as palavrinhas anteriores.
Vantagens de se usar palavras escolhidas pelos alunos:
1. Carrega significado para eles;
2. Dispensa motivação artificial criada pelo educador;
3. É sempre carregada de vida;
4. É fruto de interesse real;
5. são facilmente memorizadas;
6. Dispensa todo o trabalho das antigas pesquisas;
7. Propicia aceitação pelo voto, acata à vontade da maioria e exercita a democracia.

O que é fundamental é não deixar a palavra vazia de vida; bastará ao educador criar um “clima” e desenvolver diversas atividades relacionadas à palavra lançada.
A palavra escolhida poderá então ser lançada (junto a uma grande incentivação) em sua forma escrita, no quadro de giz e, imediatamente, escrita também numa folha de papel que será ilustrada e ficará exposta em local acessível a todos para que a utilizem nas futuras leituras e trabalhos escritos.
Este é o início da construção do vocabulário de apoio!
A ilustração das palavras é indispensável, pois mantém o significado e possibilita o seu uso pelos alunos em consultas e verificações; além disso, envolve o ambiente num clima apropriado de motivação pelo estudo.
O alfabetizador deve impedir que haja repetição de alguns sons em detrimento de outros. O vocabulário total não deve ultrapassar de 45 palavras, dentre elas substantivos, adjetivos e verbos, para que possam ser formadas frases e textos. O vocabulário não deve crescer indefinidamente! O lançamento de palavras deve continuar até que o educador sinta:
- que todos os sons e letras já apareceram;
- que os alunos lêem com compreensão e escrevem como forma de expressar suas idéias, textos de 3 a 5 linhas, usando o vocabulário da turma.
Apresento aqui algumas palavras do meu Vocabulário de Apoio:

O CONTADOR DE HISTÓRIAS POR WAGNER JARDIM, PALESTRANTE, PROFESSOR E ESCRITOR

CONTADOR DE HISTÓRIAS



As histórias estão presentes em nossa cultura há muito tempo e o hábito de contá-las e ouvi-las tem inúmeros significados.
Está relacionado ao cuidado afetivo, à construção da identidade, ao desenvolvimento da imaginação, à capacidade de ouvir o outro e à de se expressar.
Além disso, a leitura de histórias aproxima a criança do universo letrado e colabora para a democratização de um de nossos mais valiosos patrimônios culturais: a escrita.
Por isso, é importante favorecermos a familiaridade das crianças com as histórias e a ampliação de seu repertório.
Isso só é possível por meio do contato regular dos pequenos com os textos, desde cedo, e de sua participação freqüente em situações diversas de conto e leitura.
Sabe-se que os professores são os principais agentes na promoção dessa prática – e a escola, o principal espaço para isso.
Esse dia de contar histórias visa fazer com que o aluno tenha prazer em ler e consiga transmitir ao outro o que leu.
Assim, o livro deve ser mostrado e aberto com dimensão do prazer e da alegria, para que o aluno perceba que ler é uma viagem maravilhosa e não apenas mais uma das atividades de escola.

Como fazer: Montar uma caixinha com diferentes livros de histórias, selecionados de acordo com a idade e interesse dos alunos.
Cada aluno terá a sua "maletinha" para que leve para casa o seu material: livro e folha de registro.
Toda sexta-feira, os alunos levarão a maletinha para casa, por três dias.
O aluno escolherá o seu livro preferido dentre os que estão na caixinha, levará para casa para ler com os pais e fazer o registro sobre a história, que poderá ser através da escrita, de desenhos, montagem, colagem ou alguma outra forma criativa que ele preferir.
Depois, na sala de aula, o aluno poderá apresentar para os colegas o livro que leu e o seu registro.
Também poderá ser apresentado na forma teatral, se o aluno quiser.

BRINQUEDOTECA = UM BRINCAR, UM APRENDER PELO PROFESSOR, PALESTRANTE E PROFESSOR WAGNER JARDIM

BRINQUEDOTECA

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia.
O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação.
Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação.
Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais.
A diferenciação de papéis se faz presente, sobretudo, no faz-de-conta, quando as crianças brincam como se fossem o pai, a mãe, o filhinho, o médico, o paciente, heróis e vilões etc., imitando e recriando personagens observados ou imaginados nas suas vivências.
A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a relação entre as pessoas, sobre o eu e sobre o outro.
No faz-de-conta, as crianças aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa,de uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis para elas no momento e que evocam emoções, sentimentos e significados vivenciados em outras circunstâncias.
Brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la.
Os heróis, por exemplo, lutam contra seus inimigos, mas também podem ter filhos, cozinhar e ir ao circo.
O ato de jogar é tão antigo quanto o próprio homem, e o jogo faz parte da essência de ser dos mamíferos.
O jogo é necessário ao nosso processo de desenvolvimento, tem uma função vital para o indivíduo principalmente como forma de assimilação da realidade, além de ser culturalmente útil para a sociedade como expressão de ideais comunitários.
Os jogos mantém uma relação estreita com construção do conhecimento e possui influência como elemento motivador no processo de ensino e aprendizagem.
Afinal a vida é um jogo e como um jogo aprendemos com ela. E fazemos parte da vida e do seu jogo.
Existem certos elementos que caracterizam os diversos tipos de jogos e que podem ser resumidas assim:
- Capacidade de absorver o participante de maneira intensa e total (clima de entusiasmo, sentimento de exaltação e tensão seguidos por um estado de alegria e distensão).
Envolvimento emocional
- Atmosfera de espontaneidade e criatividade.
- Limitação de tempo: o jogo tem um estado inicial, um meio e um fim; isto é, tem um caráter dinâmico.
- Possibilidade de repetição
- Limitação do espaço: o espaço reservado seja qual for a forma que assuma é como um mundo temporário e fantástico.
- Existência de regras: cada jogo se processa de acordo com certas regras que determinam o que "vale" ou não dentro do mundo imaginário do jogo.
O que auxilia no processo de integração social das crianças.
- Estimulação da imaginação e auto-afirmação e autonomia.

ALFABETO DIVERTIDO

ALFABETO DIVERTIDO

Aulas começando e está na hora de começarmos a pensar em algo para deixar nossa Sala de Aula mais alegre... Nada mais prático do que um Alfabeto bem colorido, que chame a atenção dos nossos alunos!

Aqui vai uma sugestão criada pelo site www.kidleitura.com:

DINÂMICA PARA O PRIMEIRO DIA DE AULA PELO PALESTRANTE, PROFESSOR E ESCRITOR WAGNER JARDIM

Dinâmica para o Primeiro Dia de Aula

O JOGO DAS SAUDAÇÕES

OBJETIVO GERAL: Facilitar o entrosamento, despertar a cordialidade e espontaneidade.
OBJETIVO ESPECÍFICO: Atividade inicial para promover aproximação entre os colegas, ou entre eles e crianças novas, no primeiro dia do ano em que se encontram.

COMO JOGAR: - Peça que todos se levantem e caminhem pelo espaço. Avise que você vai dar um sinal (pode ser uma palma ou apito) e, quando o ouvir, cada um deverá parar diante de um colega, trocar um olhar e acenar com um "tchauzinho". Quem não conseguir um par para fazer isto irá sentar-se no chão. - A brincadeira recomeça. Todos voltam a caminhar pelo espaço, pois ninguém fica de fora, neste jogo. Só que agora a regra é outra: ao ouvir o sinal, todos vão parar diante de duas pessoas (nenhuma pode ser a mesma de antes), trocarem um olhar e perguntar os seus nomes. Quem não conseguir, vai sentar-se no chão.
- Agora, vamos parar e segurar a mão de três pessoas, que não sejam as mesmas das etapas anteriores.
- Em seguida, vamos dar um forte abraço em quatro pessoas... - Para terminar, todos vão cumprimentar quem ainda não cumprimentaram e voltar aos seus lugares.

DINÂMICA DE INTEGRAÇÃO PELO PALESTRANTE, ESCRITOR E PROFESSOR WAGNER JARDIM


AS DINÂMICAS DE INTEGRAÇÃO

Excelentes para os primeiros dias de aula e têm como objetivo:
- que os participantes se apresentem;
- que memorizem os respectivos nomes;
- que iniciem um relacionamento amistoso;
- que se desfaçam as inibições;
- que falem de suas expectativas.

1) Eu sou... e você, quem é? Formar uma roda, tomando o cuidado de verificar se todas as pessoas estão sendo vistas pelos demais colegas. Combinar com o grupo para que lado a roda vá girar. O educador inicia a atividade se apresentando e passa para outro. Por exemplo: "Eu sou João, e você, quem é?" "Eu sou Márcia, e você, quem é?" "Eu sou Lívia, e você quem é?”
A dinâmica pode ser feita com o grupo sentado sem a roda girar.

2) Apresentante: Material Necessário: Objetos diversos (xale, óculos, chapéu, colares etc.). Propor aos participantes apresentarem-se, individualmente, de forma criativa. Deverá ser oferecido todo tipo de objetos para que eles possam criar dentro da vontade de cada um.

3) Alô, alô! Formar uma grande roda com todos os participantes e pedir que cada um se apresente de forma cantada com a seguinte frase: "Sou eu fulano, que vim para ficar; sou eu, fulano, que vim participar." É importante que cada um fale o seu nome, pois este simples exercício trabalha a auto-estima.

4) Procurando um coração... Material Necessário: Corações de cartolina cortados em duas partes de forma que uma delas se encaixe na outra. Cada coração só poderá encaixar em uma única metade.
Distribuir os corações já divididos de forma aleatória. Informar que ao ouvirem uma música caminharão pela sala em busca de seu par. Quando todos encontrarem seus pares, o educador irá parar a música e orientar para que os participantes conversem.

5) Abraçando amigos Formar uma grande roda. Colocar bem baixinho uma música agradável. Informar que o grupo deverá estar atento à ordem dada para executá-la atentamente. Exemplo: "Abraço de três" e todos começam a se abraçar em grupo de três; "abraço de cinco", "abraço de um", "abraço de todo mundo." É importante que o educador esteja atento para que todos participem.

6) Quando estiver... Com o grupo em círculo, o primeiro a participar começa com uma frase.
Exemplo: "Durante minhas férias irei para a praia..".
O segundo continua: "Quando estiver na praia farei um passeio de barco. O seguinte dirá: "Quando estiver no barco, irei..."

7) Apresentação Propor a criação coletiva de uma história incluindo o nome de todos os participantes do grupo. Durante a narrativa, quando o nome de um participante for pronunciado, ele deve levantar-se, fazer um gesto e sentar-se de novo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

REFORMA ORTOGRÁFICA

















TÉCNICAS DE ALFABETIZAÇÃO PELO PROFESSOR E ESCRITOR WAGNER JARDIM


TÉCNICAS DE ALFABETIZAÇÃO

São procedimentos de trabalho utilizados em sala de aula para facilitar a aprendizagem.



As técnicas devem variar de acordo com as peculiaridades de cada aluno, cada professor e cada turma.
As técnicas são divididas em dois grupos:
• técnicas de leitura
• técnicas de escrita

TÉCNICAS DE LEITURA

• Utilização de cartões vazados para a orientação da leitura do aluno (da esquerda para a direita).
• Leituras de textos em conjunto.
• Utilizar jogos de memória, de associação "palavra-figura", dominós e atividades artísticas.
O professor deve utilizar técnicas que orientem o aluno a seguir a direção esquerdo-direita. A sala de aula deve conter livros, revistas e cartazes para haver contato da classe com estes símbolos gráficos

TÉCNICAS DE ESCRITA

A criança deve perceber a forma das letras.
• O professor deve formar, com as partes dos corpos de seus alunos, algumas letras.
• Desenhar a letra em tamanho grande, no quadro-de-giz, para que a criança percorra o traçado com o dedo.
• Ditados-mudos (cartões com uma figura, ao mostrar, as crianças devem escrever o que estão vendo.



Os trabalhos devem sempre ter seu início marcado por um ponto e setas, para servir de direção esquerdo-direita.

AS TÉCNICAS DEVEM PROPICIAR UMA APRENDIZAGEM PRAZEROSA.

sábado, 4 de abril de 2009

SER DEFICIENTE

"Amor e humanização em saúde no atendimento multiprofissional"



"Cultura e inclusão"



SER DEFICIENTE

Hoje resolvi pôr para fora algumas questões que abarcam dois universos distintos: o lado psicológico de ser deficiente e um pouco da visão crítica social que acabamos por adquirir frente a tanta bobagem que se coloca sobre o que é ser deficiente.

Aproveito a ocasião para parabenizar o trabalho desenvolvido na área da inclusão, que constitui na sociabilização dos deficientes (portadores de necessidades especiais) todas as organizações que trabalham pela educação dos portadores de deficiência do país.

Sei que existem esforços maravilhosos para incluir deficientes na sociedade, mas só acho que no país não há, sinceramente, nenhum estado que mereça destaque nesta área.

Todos os trabalhos são extremamente precários e as avaliações estão sendo feitas de forma massificada, ou seja, a premiação emerge pelo menos pior e não por um bom trabalho.

Existem recursos e investimentos, mas falta pesquisa, profissionais habilitados, enfim gente que viva a realidade das deficiências além da área administrativa e acadêmica.

Por exemplo: poucos sabem que os, cegos, enxergam o mundo passando a mão. Mão boba é a do ceguinho. Melhor dizendo, a ponta do dedo. Só que não podem passar a mão em todos os lugares, o que seria extremamente contra-indicado. Mas as pessoas não têm noção de como é não enxergar, ou, pior ainda, como é enxergar sem enxergar.

Hoje mesmo uma vizinha, quando viu o ceguinho ao portão, passou e buzinou.
Ele levantou o braço e acenou gritando. O pessoal deu risada e indagou quem era a mulher do carro. Respondeu: Sei lá. Acenei para não deixar a pessoa sentindo-se uma idiota, rídicula. Aliás, é um tal de cumprimentar o cego com balançar de cabeça, aperto de mão, sorriso à distância, um oi, um olá rápido, e o cego que se vire para descobrir quem é ou para ter pontaria para acertar o cumprimento de mão. E a pérola "adivinha quem é?" Jóia mímica para cegos. Afinal alem de tudo, os cegos teem de virar adivinhos ou profetas.

E a questão básica de tudo é a falta de informação sobre o que são as deficiências, sua realidade e potencialidade. Quer ver uma questão interessante: como estão nossos atletas para-olímpicos? Alguém sabe? Na Olimpíada passada batemos os recordes que os atletas convencionais não conseguiram com um número muito mais expressivo de medalhas. E isto não é noticiado em veiculo de comunicação nenhum. Na mesma proporção que não há informações sobre os deficientes na mídia, ocorre com nossa educação que, embora reconheça a existência e os direitos dos deficientes, não sabe ainda como lidar com os mesmos.

Isso acaba por ficar generalizado em todas as partes da sociedade. Como lidar com uma realidade estranha e desconhecida?

E não adianta os, deficientes, esperar boa vontade da sociedade ou mudanças plausíveis e concretas. Não há parâmetros coerentes para uma mudança no sistema por uma série de fatores estruturais, sendo a principal falha a de comunicação. Falta pesquisa, vivência, informação, educação... Enfim, o universo das deficiências é como o chupa-cabra ou o ET de Varginha. A coisa é feia demais para quererem tomar contato, e se aparecer, correm...

Aqui faço essa analogia por ver como é incômoda tal situação para inúmeras áreas da sociedade. E, particularmente, posso falar disso bem por já ter publicado uma das primeiras obras científicas do Brasil como professor falando sobre as “Dificuldades de Aprendizagem no Ensino Fundamental”", publicada pela Editora Loyola, de São Paulo, em 2001, e também por ter feito a coordenação de um curso de capacitação na área para educadores aprenderem a lidar com deficientes. Isso foi visto como um horror: deficientes ensinando professores a lidar com deficientes!
É o dia do juízo, a volta dos mortos vivos...

Também participei do I Simpósio: “Os Caminhos da Inclusão” realizado pela Apae de Salto/SP, um evento que visa trazer à tona discussões mais plausíveis acerca da realidade dos portadores de necessidades especiais (entre outros eventos de mesma natureza). Este evento surgiu a partir da necessidade trazida pelos próprios deficientes em assumir uma área de vivência, que é a inclusão pela educação. O discurso hoje existente é uma maravilha, contudo faltam elementos técnicos e vivenciais nas iniciativas para que a metodologia de inclusão dê bons resultados por só um pequeno detalhe: nesse processo não ouviram os deficientes para saber quais suas reais necessidades e potenciais. A educação inclusiva nasceu no meio acadêmico, da academia para a academia. Como diria meu caseiro: vixi, voith, joinha, joínha! Aff.

Como incluir na sociedade algo que é ignorado? Parece brincadeira, mas o tanto de comentários absurdos e pergunta besta que ouvimos diariamente merece destaque. E perguntam ao cego:
"Como você sabe que uma mulher é bonita?"
Responde ele, sempre pelo cheiro...
"Do perfume?"
Responde ele: "Não. Do sovaco".
Isso para não falar das pessoas que até tentam nos ajudar a atravessar uma rua, por exemplo. Tem muita gente solidária e com boa vontade, mas a falta de informação às vezes é tanta que acabam por nos prejudicar.
Outro dia estava um cego numa avenida esperando para atravessar. Muitos carros e ônibus.
Veio um moleque e falou: "Quer ajuda, tio ".
O cego respondeu que aceitava.
Ele pegou a bengala do cego e foi.
Andou uns dez passos e parou no meio da avenida, soltando a seguinte expressão: "Corre tio, senão o ônibus te pega!"...
Merda! Correr pra onde...
Ainda bem que existe o mito de que atropelar cego dá dez anos de azar.
Outro dia, também um cego andando no centro da cidade, um gentil senhor avisa o ceguinho, enquanto lá ia ele de bengala na mão cutucando o chão: "Meu filho, cuidado, pois tem fezes caninas por toda a calçada logo ali na frente."

Já ouviram falar da lei de Murphy? O gentil senhor sumiu.
Avenida de alta velocidade, sem semáforos.
Ele Não podia atravessar sem viva alma perto, deserta e lá vão eles.
Quem sabe a bengala deles os desvie do campo minado.
Um dia alguém inventa uma bengala com sensor ou radar para objetos anais não identificados.

Conto estas coisas que são triviais para mostrar o quanto estamos longe de uma sociedade igualitária. Sem informações e sem educação, como incluir? E veja que uso apenas o exemplo de atravessar uma rua ou de andar no passeio público. As pessoas não sabem como lidar com um deficiente. É como se eles fôssem alienígenas ou mutantes. O lado humano e natural da vida não lhes pertence.

Todo o sistema de educação no país, que atualmente tem como discurso a inclusão, ou seja, trazer o deficiente para uma sociabilização, é extremamente interessante, porém pouco prático. Questiono: será que realmente estamos prontos para lidar com o que é diferente, seja um deficiente, um negro, homossexual, gordo, estrangeiro, alienígena?

Cá eu admito que não. O Brasil é um dos países mais preconceituosos.
Temos arraigado o pior tipo de preconceito o velado.

Ninguém admite seu preconceito. Aliás, preconceituosos são os estrangeiros, de preferência os norte-americanos. Nós, da terra do samba, do futebol, do carnaval, país de Hebe Camargo, Pelé, Silvio Santos, Faustão, não tem nada disso, não.

Vivemos numa cultura extremamente massificada, em que toda a moda consiste em adotar padrões de igualdade, ou seja, imite os outros para ser alguém.

Quanto mais você imitar quem está na revista ou na televisão, mais interessante será. Isso valendo para vestuário, estético pessoal, linguagem, comportamento, até na postura de trabalho, pra não falar no gosto por arte. Adoro ver gente na segunda-feira repetindo o que viu na televisão no domingo, sem o menor critério. Mas, se passou na telinha domingo, é bom. É o que importa.

Citei o problema da massificação recorrente, pois a base do problema da inclusão dos deficientes na sociedade começa aí. Querem colocar em um sistema educacional massificado, na engrenagem uma peça que não se adequa por razões específicas, em especial a cognição diferenciada em cada tipo específico de deficiência. Um cego aprende de forma diferente de um surdo ou de uma pessoa com retardo mental. Mas os acadêmicos querem massificar, acreditando que tudo pode servir a todos. Estudos
avançados de neurociência, que hoje abarcam a percepção diferenciada associada à afetividade, mostram-nos a subjetividade de processos adaptativos psíquicos. Mas até agora pouquíssimos intelectuais atentaram para isso.

Algum idiota da área acadêmica resolveu, para diminuir o preconceito, mudar o nome de "deficiente" para "portador de necessidades especiais".
Grande! Lindo! E o preconceito, sumiu? Não.
Não é por que mudamos nomenclaturas que a postura das pessoas muda. Pelo contrário: isso só gera mais confusão. Mas tem de deixar a bobagem imperar. Veja só a confusão que virou termos de parar de chamar os negros de negros, mudando para afro-descendentes. E a zona que virou no país com relação às vagas universitárias para eles destinadas? E o preconceito, diminuiu?

Tudo isso deixou bem claro o quanto somos preconceituosos, pois até hoje ninguém admitiu isso claramente.

Mas o mesmo imbecil resolveu dar pitacos na área da educação dos deficientes e achou que os modelos educacionais não são eficientes, o que é um fato. Todavia, imaginaram que o ensino convencional, extremamente massificado, poderia ser o mesmo direcionado a um deficiente. E colocaram numa mesma sala de aula todos juntos, todas as deficiências e os alunos convencionais. Para piorar o quadro não há capacitação adequada dos professores. O estado fingindo que capacita, mas sem instrumental técnico adequado, sem base científica, sem pesquisa, sem vivência prática (só de revisão bibliográfica). E de repente lá está nosso herói, o professor numa sala de aula com 40 ou 50 crianças e, no meio delas, um hiper-ativo, três arruaceiros, um deficiente auditivo, um cego e uma com retardo mental leve. Parece brincadeira, mas já ouvimos este relato de uma professora da rede pública que nos procurou desesperada. Ela fez um pequeno curso de capacitação do estado, de vinte horas, que de verdade não preparava ninguém para nada.

Mostraram um filme lindo, tudo feito de cor-de-rosa. Vinte eternas horas bonitinhas, mas ordinárias.

Só a cabecinha...

Como pesquisador na área posso falar que não conheço nenhum curso de capacitação que leve um aspecto básico do ensino e aprendizagem que é a cognição. Cada tipo de deficiência tem uma forma de aprender específica, que necessitará ser lapidada de forma individual, de perto, pelo professor. Isso só ocorrerá mediante uma avaliação minuciosa que levantará qual a melhor forma para o indivíduo aprender. Assim mapeamos o tipo de percepção, a forma de elaboração afetiva e a elaboração racional de um deficiente e a sua forma dinâmica de ação na aprendizagem. Misturamos a análise de Carl Jung, neurociência atual, psicopedagogia, pedagogia e terapia ocupacional, buscando sempre propostas práticas de atuação.

Certa colega deficiente visual aqui de nossa cidade procurou uma universidade particular para aprender Pedagogia. Prestou o vestibular e foi aprovada.
Buscou, por ser deficiente, diretamente a coordenadora do curso, que é doutora em educação, mestra, especialista,...enfim haja títulos. Expôs seu problema abertamente e questionou se havia na instituição algum planejamento desenvolvido para auxiliar os deficientes. A coordenadora, além de rir na cara da aluna, simplesmente a tratou com o mais profundo descaso, ignorando todos os seus pedidos de apoio. Isso numa instituição particular. Se a universidade que forma pedagogos tem essa mentalidade, como está o resto?
Ao insistir com a coordenadora, levando à instituição idéias viáveis para a adaptação de deficientes, ainda ouviu: "Não temos culpa de você ser deficiente"... A cena, se não fosse trágica, lembraria o patrão do Dino, da Família Dinossauro (sim, aquele com boca enorme e dentes gigantes, prestes a devorar qualquer pedido).

Esta é a realidade de nosso país, cheio de leis e boas intenções, mas que de verdade não saem do papel. Quando vêm à tona são como o moleque nos ajudando a atravessar a rua: "Corre, senão o ônibus te pega"!

Do ponto de vista da psicologia profunda nos deparamos com uma estrutura, tanto no aspecto pessoal quanto no coletivo, que Carl Jung chamou de "sombra" - que é tudo aquilo que nós temos, porém não aceitamos. Para a sociedade o deficiente é uma sombra ambulante.

Embora existam, não os aceita. Sim, porque eles são diferentes, não se adequam ao modelo massificado de nosso quotidiano, tem vida própria, tem de se virar para sobreviver e dão trabalho.

Isso afrontando diariamente nossa mediocridade existencial. É como se esta instância da psique coletiva tomasse forma própria e autônoma e, para piorar tudo, exigisse seus direitos.

As deficiências afrontam nosso universo hedônico, perfeito esteticamente, igualitariamente loiro e de olhos azuis, maníaco e eufórico, consumista e cheio de moda. Eles não são, nem podem representar o mercado.
Sim, neste mundo siliconado, de curvas perfeitas, da geração "bunda music", dos sorrisos intermináveis, do virtual lúdico do faz-de-conta da cinderela; terra do nunca e do Peter pano;, não há espaço para o feio, para o desajeitado, para o gordo, negro, indígena, deficiente. E quem sabe um dia nos livremos deles por meio de gestações programadas geneticamente.
Já pensaram em um mundo sem Ray Charles, Steve Wonder, Jeff Healey, Machado de Assis, Hermeto Paschoal, Disney, Chaplin e tantos outros... Elimine-os! Deixe ficar somente o que é belo esteticamente, o que dança, o que ri em voz alta, o que é extrovertido.

Na prática, a temática das deficiências é algo difícil de encarar.

Quem quer ser deficiente ou encarar na família algo assim? Optamos por virarmos cegos, surdos e aleijados diante dessa realidade e assim fingimos que nada vemos, nada ouvimos e nada fazemos. E a sombra toma conta coletivamente, impondo-se quotidianamente.

Emerge, desta situação coletiva dois tipos básicos de comportamento visíveis na sociedade: rejeição e preconceito com uma total negação desta realidade; ou a super-proteção que acaba por coibir qualquer chance de crescimento real abafando.

Na rejeição, o deficiente é visto como um inimigo, algo alienígena que necessita ser combatido ou ignorado. A temática presente no desenho animado dos X-Men e a novela da Record, aquela chamada Mutantes, prende a atenção de nossos jovens e adolescentes por justamente tratar desta esfera psiquicamente. O poder dos minoritários e excluídos. Sim, os mutantes que necessitam ser eliminados, pois são aberrações.

Na esfera religiosa isto é bem notório. O tanto de igreja especializada em fazer milagre (ao menos tentar) de curar cegos, aleijados, surdos, colocando em suas cabeças que eles estão assim por obra diabólica ou castigo divino, o que piora em muito a auto-estima do deficiente é algo escandaloso. Aliás, evito entrar em certas igrejas neobusines pentecostais. Por isso, não tenho vocação para o milagre do dia. E onde estão tais milagres?

Já na super-proteção, a coisa vira do descaso e rejeição total a um abafamento de igual perigo. Na super-proteção coíbe-se o crescimento, não permitindo que o deficiente viva seu universo, suas limitações, suas capacidades. Com isso, ele não cresce.

As políticas assistencialistas patriarcais são um exemplo. Embora ajudem a subsistência, não estimulam o indivíduo a crescer. Pelo contrário, fomentam o sentimento de invalidez e de inutilidade, trazendo o discurso amplo: aposente-se. É a política do coitado, tadinho, pobrezinho...
Etnologicamente, o coitado é na verdade um ser que sofreu um coito, um enrabado! E coitadinho para cá, coitadinho para lá...

Quero fechar esta temática fazendo um paralelo deste arquétipo que, na área analítica, chamamos de "arquétipo do inválido", com nossa cultura brasileira. Gosto de ver o quanto nos colocamos na política da miséria.

Se observarmos todas as campanhas eleitorais veremos que elas visam exclusivamente o assistencialismo paternalista. Prometem pão vitaminado, asfalto, cesta básica, até bujão de gás eterno. Tudo em troca de um voto. Legal. Depois do voto, o coito!

Temos, instalada em nosso inconsciente cultural, uma política ampla de coitos e de coitados. Somos um país de terceiro mundo que insiste em ser do primeiro. Politicamente somos cegos, aleijados, surdos e retardados mentais. Massificados, nos vendemos à menor esmola, trocando nossa alma por migalhas. Depois nos masturbamos diante dos noticiários com queixo caído, baba no canto da boca, olhar de peixe morto, praguejando: "Nossa, outro escândalo! Político é tudo ladrão!"

Admirei ao ver na televisão o primeiro-ministro do Japão falando abertamente que admirava observar a alegria dos brasileiros que contentavam-se sempre com um terceiro lugar, referindo-se à maratona olímpica. Alegria de ser do terceiro mundo? O que é este contentamento descontente, qual meretriz em beira de cais ou em arredores do Dergo?

Lá vamos nós, de coito em coito, de rabo assado, mas felizes.

Sempre no estigma, se não pode, relaxe, aproveite e goze.
Como se todo estupro fosse coisa normal.
E no pensamento igrejistico, estuprada, não pode abortar, mas gerar mais uma aberração.
E assim, vamos na mentira da felicidade, de que só foi a cabecinha.